Profissional pode atuar em diversas áreas, como hospedagem e agências.
É preciso ser proativo e saber resolver problemas de forma agradável.
Quando o assunto é turismo, logo se pensa em viagens, lazer e muita diversão. Mas quem acha que o profissional da área tem uma vida fácil e está sempre viajando, se engana. De acordo com o turismólogo, professor e empresário Raphael Raine, a carreira é bem difícil e exige dedicação.
Dentre as muitas funções de um bacharel em turismo, as principais são a realização do planejamento turístico de lugares, empresas e países, preparação de pacotes turísticos, orientação aos turistas (guias) e planejamento de políticas de turismo.
O profissional de turismo pode atuar em meios de hospedagem (albergues, pousadas e hotéis), áreas de cruzeiros, agências de turismo, operadoras, área pública (planejamento e inventariação) e na área docente.
Outra opção para o turismólogo é abrir uma empresa ou agência que ofereça serviços para os turistas. “É uma área em que cabe bastante empreeendedorismo também. É um dos poucos setores que têm muito mercado para abrir seu próprio negócio”, conta.
Ser proativo, apreciar estudar e trabalhar, saber resolver problemas de maneira agradável e educada, além de gostar de pessoas e de falar em público são algumas características necessárias para seguir a profissão. Raphael ainda ressalta que é necessário saber falar fluentemente inglês, mas estudar outros idiomas também é importante.
O mercado de turismo no Brasil é amplo e oferece muitas oportunidades, afinal, o país conta com um território imenso e muitas belezas naturais. Raphael Raine ressalta que os eventos que vão acontecer nos próximos anos – tanto a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – vão abrir muitas oportunidades para o profissional de turismo. “Mas o legado dessas competições também é muito importante. Se hoje a gente já recebe tantos turistas, com tantas obras e melhorias, a tendência é crescer cada vez mais”, explica.
Para se tornar bacharel em turismo é preciso estudar em um curso superior com duração média de quatro anos. Segundo Raphael, o primeiro passo é escolher uma instituição de ensino bem qualificada, com uma boa nota no MEC e com professores atuantes no mercado. “O ideal é fazer um curso de quatro anos e uma especialização na área em que o profissional vai atuar”, afirma.
Turismo de aventura
O turismo de aventura, segundo a definição no Ministério do Turismo, compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não-competitivo. São atividades recreativas que envolvem desafios e riscos avaliados. As mais conhecidas são arvorismo, escaladas, montanhismo, rapel, tirolesa, mergulho, rafting, asa delta e paraquedas.
Além de ser diretor e fundador da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Raphael também é proprietário de uma empresa de escalada no Rio de Janeiro. Para ele, trabalhar nesta área exige o cumprimento de normas para não colocar em risco a vida dos turistas.
“Para se tornar um guia de turismo na área de montanhismo é preciso ter pelo menos cinco anos de escalada, fazer cinco provas. Isso é um grande diferencial. É isso que dá a qualidade do seu produto e permite cobrar um preço justo, oferecendo segurança para seu cliente”, ressalta.
Segundo o turismólogo, o profissional que quer seguir a carreira precisa saber que vai trabalhar na hora em que os outros estão se divertindo, ou seja, os fins de semana e feriados vão ser os dias mais puxados. “A rotina é de muito trabalho, mas é divertida e bastante compensatória”, afirma Raphael.
Fonte: G1