O governo federal vai liberar R$ 305 milhões neste fim de ano para 16 Estados acelerarem obras de infraestrutura ligadas ao turismo. Os recursos sairão diretamente do caixa do Ministério do Turismo, que fez uma realocação de dinheiro de outras finalidades para ajudar os governadores.
Uma estrada estadual no litoral sul do Ceará receberá R$ 30 milhões para ser ampliada, enquanto o centro de convenções de João Pessoa (PB) terá R$ 20 milhões para finalizar sua construção. Rio de Janeiro e Maranhão terão quase R$ 30 milhões para despoluição de praias.
No caso do Maranhão, a despoluição está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e os recursos virão para excluir novos pontos de esgoto nas praias, afirmou ao Estado o ministro do Turismo, Gastão Vieira, que recebe hoje em Brasília pelo menos seis governadores entre os 16 contemplados com o plano emergencial para a assinatura de um “pacto pelo turismo”.
Pelo pacto, a que o Estado teve acesso, o governo federal estabelece como prioridade um “esforço concentrado” em obras emergenciais de turismo, que envolvem também despesas com rodovias de acesso a municípios que serão sedes de grandes eventos a partir de 2013.
Pressão. O governo federal está pressionado pela agenda. Já no ano que vem, o Brasil será sede da Jornada Mundial da Juventude, promovida pela Igreja Católica, da Copa das Confederações – torneio que antecede a Copa do Mundo de 2014 – e do Fórum Mundial da Ciência, que ocorre no Rio, em novembro.
De acordo com técnicos do governo federal, o ano de 2013 servirá de grande teste da infraestrutura nacional para os anos “críticos” de 2014, quando 12 cidades receberão jogos da Copa do Mundo, e 2016, quando o Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos.
“Os gastos com infraestrutura do turismo são simples e tem efeito imediato”, disse o ministro Gastão Vieira, para quem “isso é crucial neste momento em que a economia brasileira está precisando engrenar um ritmo de crescimento maior”.
No pacote, o ministro Gastão Vieira juntou os recursos disponíveis no caixa do ministério para empenhar em obras já iniciadas nos Estados, mas que, por dificuldades financeiras, estão com ritmo atrasado.
A estratégia fechada pelo ministro envolve, num segundo momento, o empenho das verbas de emendas dos parlamentares dos Estados beneficiados. “Vamos colocar dinheiro próprio, e convidar deputados a apoiar essas obras com suas emendas, de forma a acelerar ainda mais os trabalhos.”
JOÃO VILLAVERDE / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo