Bayard Boiteux

Ilha histórica da Escócia seleciona gerente para morar lá

Que tal passar boa parte do ano em uma ilha histórica, cuja paisagem inclui as ruínas de uma abadia medieval do século 12, com a companhia de uma só pessoa, e ainda ganhar
£ 20.373 (R$ 61.310) anualmente?

Pois esse emprego existe: gerente de Inchcolm, ilha turística na Escócia. A má notícia é que o período para se candidatar à vaga terminou no último dia 15.

“Nós tivemos mais de 600 candidatos de todo o mundo, o que é fantástico”, afirmou Iona Matheson, responsável pelo setor de mídia do órgão público Historic Scotland, que cuida da preservação de locais históricos do país, à Folha, por e-mail. As entrevistas para o emprego começaram em 7 de março.

Quem ficar com a vaga vai dividir a única casa da ilha com outro colega de março a outubro todos os anos.

O trabalho inclui a manutenção de serviços como geradores, manter os banheiros limpos e auxiliar as visitas dos cerca de 20 mil turistas que a ilha recebe por ano.

DESVANTAGENS

O trabalho tem lá suas desvantagens. O único comércio da ilha é uma loja de suvenires ao lado da abadia. É preciso trazer água potável e comida do continente, portanto, as refeições dos dois únicos empregados precisam ser planejadas.

A casa histórica que será ocupada pelo gerente e por seu colega sem pagar aluguel tem facilidades “modernas”, como água e eletricidade, além de chuveiro, máquina de lavar, TV e apetrechos de cozinha.

A conexão à internet é limitada, e o sinal de TV é afetado pelas embarcações que passam pela ilha.

Outro desafio são as gaivotas, que constroem seus ninhos em Inchcolm. Durante esse período, de maio a agosto, partes da ilha podem ser fechadas por causa do comportamento agressivo das aves no intuito de proteger seus filhotes.

O complexo da abadia de Inchcolm é considerado o conjunto monástico mais bem preservado da Escócia. Sua relíquia mais antiga é do século 10ë, uma “hogback tombstone” – tipo de túmulo marcado por uma pedra alongada.

Agostinianos construíram ali um convento, que foi elevado ao status de abadia em 1235. As ruínas preservam um afresco do século 13 e o claustro mais completo da Escócia.

No final da Idade Média, a ilha foi atacada diversas vezes por navios ingleses, forçando os religiosos a abandoná-la durante alguns períodos. O local permaneceu um ponto de defesa até o século 20, tendo sido fortificada.

Inchcolm pode ser visitada de 1ë de abril a 31 de outubro. O ingresso para adultos custa £ 5 (R$ 15,04), e para crianças, £ 3 (R$ 9,02). Mais detalhes em www.historic-scotland.gov.uk.

Fonte: FOLHA Turismo

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