Bayard Boiteux

ABNT aprova novas normas para o turismo de aventura

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicará, nos próximos dias, três novas normas para o turismo de aventura. O objetivo é garantir a oferta de produtos turísticos com segurança e qualidade, além de incrementar a competitividade dos produtos de aventura e ecoturismo para a inserção no mercado internacional.

Duas das novas normas são atualizações para o padrão internacional dos textos atuais da ABNT NBR 15331 e da ABNT NBR 15286, que tratam dos requisitos de gestão da segurança e das informações que as empresas de turismo de aventura devem repassar aos clientes, respectivamente. Quando forem publicadas, as normas ISO ABNT NBR 21101 e ISO ABNT NBR 21103 substituirão os textos atuais. A elaboração do documento base contou com a participação de técnicos da área de qualificação e certificação do Ministério do Turismo.

Já a ABNT NBR 15500, que trata da unificação da terminologia usada pelas empresas para turismo de aventura, terá o texto atualizado, mas sem ser substituída por uma nova norma. Leonardo Persi, coordenador de normalização da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), afirma que as mudanças ajudarão a inserir o Brasil nos padrões internacionais de normalização do setor.

O ministro do Turismo, Vinicius Lages, ressalta que a elaboração dos textos finais das normas ISO 21101 e ISO 21103 contou com discussões lideradas por representantes do Brasil e do Reino Unido. “Por meio da participação da Abeta, a construção da norma ISO teve como DNA a experiência dos empreendedores do turismo de aventura no Brasil”, explica Lages.

O Brasil conta com 32 normas publicadas para as boas práticas de atividades como caminhada, escalada, cicloturismo, mergulho, arvorismo e rafting. As normas servem como base de referência para entidades certificadoras de agências de turismo. As entidades que estão autorizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) a fazer a certificação são: ABNT Certificadora e Instituto Falcão Bauer da Qualidade.

Atualmente, 7 empresas brasileiras contam com sistema de gestão da segurança certificados em turismo de aventura. Segundo a Associação Férias Vivas, que presta orientação a práticas seguras no turismo, ao aderir às normas ABNT, as empresas passam a ter vantagens como melhor aceitação e credibilidade no mercado, comunicação mais eficiente com os clientes e proteção e diferenciação positiva entre os concorrentes.

Empresários do segmento que quiserem ter acesso às normas de turismo de aventura podem acessar a página do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), clicar na opção Turismo e inserir o CNPJ da empresa. É preciso, no entanto, que a empresa esteja cadastrada no Sebrae.

Entenda o que mudou:

– O Brasil conta atualmente com 32 normas técnicas para o turismo de aventura, elaboradas pela ABNT

– Essas normas são usadas por certificadoras de empresas de turismo de aventura que, por meio dos selos de certificação, garantem ao consumidor que determinada empresa segue os padrões de qualidade e segurança

– Atualmente, 7 empresas brasileiras contam com certificação no turismo de aventura

– Três das 32 normas foram atualizadas e aguardam apenas a publicação pela ABNT

– A ABNT NBR 15331, que trata dos requisitos de gestão da segurança, será substituída pela ISO ABNT NBR 21101

– A ABNT NBR 15286, que trata das informações que as agências de turismo de aventura devem repassar aos clientes, será substituída pela ISO ABNT NBR 21103

– A ABNT NBR 15500, que trata da unificação da terminologia usada pelas agências para o turismo de aventura, terá o texto atualizado, mas manterá o mesmo nome, sem ser substituída

– As mudanças visam alinhar as normas brasileiras ao padrão internacional ISO.

Clique aqui e ouça comentário em que o ministro Vinicius Lages aponta a evolução do setor quanto ao nível de segurança de suas atividades.

Ouça aqui declaração de Leonardo Persi, da Abeta, sobre os objetivos da definição de normas para empresas que trabalham no segmento.

Fonte: MTur

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