A Grécia se negou a receber a ministra austríaca do Interior, Johanna Mikl-Leitner, indicou uma fonte do ministério grego das Relações Exteriores nesta sexta-feira (26), alimentando a tensão entre os dois países a respeito da crise migratória, segundo a France Presse.
Na quinta-feira (25), Atenas havia chamado para consultas sua embaixadora em Viena para protestar por sua exclusão de uma reunião realizada na quarta-feira na capital austríaca entre países dos Bálcãs. Além disso, a Áustria acusa a Grécia de não fazer todo o necessário para proteger suas fronteiras.
Na avaliação grega, a atitude não foi amigável uma vez que a Grécia é a principal porta de entrada de migrantes na Europa. Em 2015, mais de um milhão de refugiados e imigrantes do Oriente Médio e da África foram para a Europa.
Desde o início de 2016, 102.547 migrantes e refugiados que atravessaram o Mediterrâneo desembarcaram na Grécia, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O governo grego tem cada vez mais dificuldades para receber o intenso fluxo de migrantes, que se acumulam em seu país. E, enquanto isso, a distribuição de solicitantes de asilo nos outros países da UE não é colocada em prática. Apenas 600 migrantes que chegaram à Itália e à Grécia foram transferidos a outros países, de um total de 160.000 que devem ser realojados em dois anos, de acordo com a agência France Presse.
Turquia
A Turquia acredita que a crise de imigrantes vai piorar a menos que os ataques realizados pelas forças do governo sírio sejam interrompidos, disse um porta-voz e assessor do presidente turco, Tayyip Erdogan, nesta sexta.
Ibrahim Kalin também afirmou, em entrevista coletiva, que o governo da Turquia deportou 3.800 pessoas como parte dos esforços de combate ao Estado Islâmico.
Fonte: G1