Bayard Boiteux

Hotéis criam serviços para atender maior demanda por bem-estar

Os hotéis terão que ficar atentos para acompanhar as mudanças no comportamento dos hóspedes de olho na saúde. Mais do que opções no menu do restaurante, grandes redes estão se empenhando em estabelecer marcas que ofereçam serviços especialmente voltados ao bem-estar, como é o caso do Even Hotels, do Intercontinental Hotels Group.

Ainda que bandeiras de luxo tenham mostrado grande empenho em aparelhos, instalações e inovações nos serviços ligado a exercícios físicos, a atenção ao chamado wellness também se estende a bandeiras mais acessíveis e hotéis independentes que buscam relacionar sua marca à qualidade de vida.

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“As academias de hotel têm se desenvolvido nos últimos 20 anos. A Westin Hotels dá ênfase em espaços e acesso 24 horas, e assim as pessoas podem treinar quando quiserem e como quiserem com os equipamentos apropriados”, comenta o vice-presidente sênior das marcas Westin, Le Meridien, Renaissance, Autograph, Tribute & Design Hotels, Brian Povinelli.

“Academias já eram necessárias há cinco ou dez anos, mas não eram bem aproveitadas. Precisamos deixar as academias maiores e convidativas. Elas precisam ter janelas, em vez de serem no porão. Você poderia falar que isso é amenidade, mas é quase como o wi-fi. Eu acredito que isso vá crescer. Hotéis fitness serão cada vez menos uma amenidade e cada vez mais uma obrigação”, acredita a vice-presidente de Operações de Marcas da Wyndham, Tryp e Dolce Hotels, Kate Ashton.

Segundo especialistas, há uma tendência para ofertas de serviços ligados à saúde mais personalizados e para parcerias com academias. Bandeiras da Marriott e empreendimentos como o MGM Grand Las Vegas, por exemplo, estão fazendo a lição de casa neste sentido, com investimentos em parcerias com marcas de academias, instalação de sistemas avançados de ventilação e até chuveiros com vitamina C.

Certos hotéis também estão atentos às instalações do estabelecimento como um todo, oferecendo atividades em grupo ao ar livre nos arredores. A Westin, por exemplo, atualmente conta com mais de 200 instrutores de corrida ao redor do mundo – e procura concentrar as atividades no período da manhã por perceber que o viajante corporativo procura networking para além do bar.

“Mais pessoas estão socializando, mas mais para se reunir de uma forma mais informal que chamamos de sweatworking“, comenta Povinelli.

Fonte: Panrotas