Bayard Boiteux e Mauricio Werner
O Rio de Janeiro ganhou uma nova e breve atração durante o verão: a roda-gigante de Copacabana, instalada num dos pontos turísticos mais bonitos da cidade, o Forte de Copacabana. Seu período de duração foi fugaz e talvez se repita no próximo verão, mas é vital destacar que nas pesquisas feitas sobre o perfil do turista nacional e internacional, desenvolvidas pela Prefeitura do Rio e UniverCidade durante o carnaval, a roda-gigante apareceu entre os cinco atrativos turísticos mais visitados, apesar do tempo chuvoso, que deu uma paisagem diferente à Cidade Maravilhosa.
Desde o Sambódromo e da recém-criada Cidade do Samba, o Rio não havia experimentado novos atrativos turísticos. É bom lembrar que a London Eye, em Londres, é hoje parada obrigatória para qualquer turista que visita a capital britânica. A Singapore Flyer, que será inaugurada em março, vai ser a maior roda-gigante do mundo, com 165 metros, o que vai permitir a visão de três países. Paris, no início do Champs-Élysées, também tem a sua, assim como Sharjah, nos Emirados Árabes, para citar apenas alguns exemplos.
Sentimos grande necessidade de a Cidade Maravilhosa diversificar a sua oferta turística. A Prefeitura do Rio vem se empenhando bastante, com a Cidade da Música, para citar um exemplo concreto, de investimento em prol do Rio. No entanto, a iniciativa privada precisa demonstrar mais criatividade em seus empreendimentos. Não deve limitar-se a aberturas de novos hotéis ou agências, que, embora sejam fundamentais, precisam de novas opções de comercialização, para poder brigar num mercado cada vez mais competitivo e que, para sobreviver, acabam praticando preços predatórios.
O boom do turismo carioca passa por uma política planejada de médio e longo prazos, hoje vislumbrada no chamado Plano de Turismo Rio+, que prevê um crescimento ordenado da cidade nos próximos anos, baseado em metas capazes de serem medidas. A força de uma cidade tem como pressuposto a constante inovação. Os parques da Disney são um exemplo: as pessoas viajam várias vezes para Orlando, pois a cada ano o parque ganha algo diferente.
O empreendedorismo é a palavra-chave da sobrevivência dos que se dedicam ao turismo. A certeza de continuar nos mercado parte da premissa de que temos que constantemente pensar no amanhã e analisar nossos concorrentes.
A roda-gigante de Copa vai ficar para sempre nas nossas mentes e esperamos que volte logo a ser instalada definitivamente na Cidade Maravilhosa.Bayard Boiteux e Mauricio Werner dirigem a Escola de Turismo e Hotelaria da UniverCidade.