Bayard Boiteux

Cancún se transformou de povoado de pescadores em principal balneário mexicano

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO da FOLHA

Cancún foi literalmente feita para o turismo. Há cerca quarenta anos, era apenas um sonolento povoado de pescadores. Foi então que investimentos intensivos transformaram 23 km de costa em cenário de uma das maiores praças hoteleiras à beira-mar de todo o mundo.

Na península de Yucatã, a maior do continente americano, onde a América do Norte se separa da América Central, esse balneário mexicano banhado pelo Caribe foi capaz de edificar dezenas de hotéis de luxo entre o mar e uma região lagunar e de atrair, inicialmente, voos vindos de Miami (EUA).

Hoje, norte-americanos, europeus, japoneses e, também, brasileiros visitam Cancún e arredores, onde o destaque são as ruínas maias de Tulúm, sítio arqueológico que dista 113 km na direção sul, e, ainda, o mergulho subaquático em locais próximos, caso das ilhas Mujeres e Cozumel.

PIRATAS DO CARIBE
Os maias, que habitavam essa região peninsular e, também, áreas hoje pertencentes à Guatemala e Belize, ali viveram com sua cultura autêntica até a chegada dos espanhóis, em 1518.

Mas por volta de 1544, a influência dos navegantes europeus parece ter sido nefasta para os antigos habitantes locais, donos de uma cultura ancestral que não resisitiu à ocupação.

Nos séculos 16 e 17, Tulúm se tornou um refúgio para piratas espanhóis, ingleses e holandeses.

Já o turismo propriamente dito abriu os olhos para a região nos anos 1960, quando o pioneiro do moderno mergulho subaquático Jaques Cousteau (1910-1997) esteve em Cozumel.

A bordo do seu barco de pesquisas Calypso, o documentarista e pesquisador francês descobriu que, em Cozumel, a barreira de coral, aliás ainda envolta por águas límpidas e dona de impressionante fauna marinha, era a segunda maior do mundo, atrás apenas da Grande Barreira de Corais da Austrália.

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