Bayard Boiteux

Passeio de metrô pelo centro inclui petiscos e vista panorâmica de São Paulo

Um passeio pelo centro de São Paulo revela muito sobre sua essência. Ali estão, nas mesmas calçadas, executivos apressados, homens-placa, fregueses entrando e saindo das lojas apinhadas, mendigos e artistas de rua.

Revela ainda um charme que precisa de sossego para ser descoberto: fachadas antigas, restaurantes tradicionais e marcos da cidade, como o mosteiro de São Bento.

Um bom roteiro usando o metrô começa na estação que leva o nome do templo, na linha azul. E é o próprio mosteiro a primeira parada. Reserve 20 minutos para observar a profusão de pinturas e vitrais. Atente, na primeira pilastra à direita de quem entra, ao ícone russo de Nossa Senhora de Kasperovo.

Não deixe de passar pela lojinha ao lado direito de quem sai do mosteiro, que vende bolos, pães e geleias preparados pelos monges.

Dali, siga pela rua Líbero Badaró até o número 340, onde fica a Casa Godinho, uma das mais tradicionais da cidade, que data de 1888. Mercearia à moda antiga, vende de queijos e vinhos (o chileno Santa Helena sai por R$ 21,80) até doces (o pastel de Belém custa R$ 4,50).

Depois, siga até a José Bonifácio até o largo de São Francisco, para uma visita ao prédio da Faculdade de Direito, de 1930. Se bater a fome, vá até o número 270, onde fica o tradicional restaurante Itamarati. Os pratos com bacalhau são famosos, mas a truta com molho de amêndoas não deixa a desejar (R$ 45).

Se faltar tempo ou fôlego, a visita pode acabar aqui, na estação Anhangabaú. Caso contrário, siga até a rua São Bento e vá em direção ao mosteiro. Na altura da praça do Patriarca, desvie pela rua da Quitanda até a Álvares Penteado, onde fica o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que abriga a exposição “Índia!” até 29 de abril.

Depois, volte à São Bento e siga até o largo do Café e a vizinha praça Antônio Prado, para observar os edifícios antigos e o burburinho em torno da BM&F Bovespa.

O fim do passeio reserva um dos prédios mais conhecidos da cidade, o edifício Martinelli, com 30 andares, inaugurado como o mais alto de São Paulo, em 1929. Visitas guiadas levam ao topo, que revela outras construções históricas e arranha-céus.

Fonte: FOLHA Turismo

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