“Com as sombras das montanhas refletindo brilhantemente em sua superfície, acredito que certamente esta é a mais justa imagem da Terra”.
A descrição feita por Mark Twain no século 19 do Lake Tahoe, maior lago alpino dos EUA, ainda é considerada uma das mais eloquentes. O escritor perambulou pela região em 1861 e registrou suas impressões em seu livro de memórias “Roughing it” (1872).
O enorme lago azul com área que se aproxima de três Maracanãs, impressiona, sobretudo para quem tem o privilégio de avistá-lo do alto de uma estação de esqui, como Heavenly e Northstar. Ao longo do dia, ele muda de cor.
Devido à grande profundidade, que chega a 501 metros, o lago nunca congela. Por meio de passeios de barco (cerca de US$ 50 por pessoa), que levam três horas, é possível observar os picos da Sierra Nevada, que o rodeia, ver de perto sua única ilha, Fannette, e navegar pelo cristalino Emerald Bay. Os passeios noturnos incluem jantar (cerca de US$ 80 por pessoa), muitas vezes, dançante.
Também é possível admirá-lo das margens, com praias de areia branca. Uma volta completa em torno do lago leva aproximadamente 2 horas de carro.
O Lake Tahoe tem seu nome envolvido em controvérsias. Tahoe seria resultado de uma má tradução feita pelo homem branco de uma palavra indígena usada pelos Washoe, primeiros habitantes da região.
O significado, contestado por Twain, seria “grande lago” ou “imensidão azul”. Para o escritor, conhecido pelo senso de humor, os índios não eram tão poéticos. Sopa de gafanhotos, segundo ele, o prato favorito dos Washoe, é o quer dizer Tahoe (DEBORAH GIANNINI).
Fonte: FOLHA Turismo