Em época de Réveillon e férias é muito comum ouvir que as praias estão próprias ou impróprias para o banho, mas afinal, como é feita a medição? Quais os critérios para definir a balneabilidade das praias? Qual o significado das cores bandeiras?
Réveillon é sinônimo de praia. Por mais que a Festa da Virada em São Paulo deva receber cerca de 1 milhão de pessoas este ano, o grande público quer curtir a queima de fogos a beira mar. No principal Réveillon do Brasil, no Rio de Janeiro, a expectativa é que 2,5 milhões de pessoas participem da festa da Virada de Ano. Porém, antes e depois da Festa o bom é aproveitar as belas praias do litoral brasileiro.
Contudo, nesta época de ano devido as chuvas e ao aumento da população nas cidades litorâneas cresce a quantidade de praias impróprias para o banho. Segundo os órgãos responsáveis pela balneabilidade da água nos estados, o Brasil possui neste momento 755 praias próprias para o banho e 274 impróprias, cerca de 30% delas não devem receber banhistas. O Rio de Janeiro é o estado com mais praias não recomendadas para o banho, são 76 impróprias e 88 próprias. Já o estado de São Paulo possui 92 praias próprias e outras 58 impróprias.
Para alertar aos banhistas, os órgãos responsáveis colocam bandeiras de diversas cores que significam a balneabilidade da água. Porém, muitas vezes os frequentadores desrespeitam ou mesmo desconhecem o significado do aviso e entram no mar mesmo quando ele está impróprio.
Balneabilidade
Ela é determinada pela qualidade das águas que são voltadas para a diversão, como nas praias, lagoas e rios. O estudo sobre a balneabilidade do local só é realizado onde há a uma presença considerável de frequentadores em contato direto e constante com a água.
A balneabilidade das águas depende de uma série de fatores, entre eles os principais são a existência de um sistema de coleta de lixo, chuvas, mudança de marés, além do aumento do número de pessoas na localidade em determinadas épocas do ano, como no Réveillon.
Classificação
O principal critério utilizado para analisar a balneabilidade de um local é a quantidade de coliformes fecais (partículas presente nas fezes dos animais e humanos) na água. Para realizar a medição são recolhidas 5 amostras de 100 ml de água que são classificadas como ‘excelente’, ‘muito boa’, ‘satisfatória’ e ‘imprópria’. Nos três primeiros casos, a água está liberada para o banho.
Quando é detectado mais de 1 mil partículas de coliformes fecais em 20% ou mais das amostras, a água é considerada imprópria. Já quando a quantidade de partículas estiver entre 500 e 1 mil em 80% das amostras, o estado da água é considerado satisfatório. Já a classificação de “muito boa” é para quando 80% das amostras possuírem entre 250 e 500 partículas de coliformes fecais e quando esta quantidade fica entre 0 e 250, a água é classificada como ‘excelente’.
Bandeiras
Existem cinco bandeiras de cores diferentes que representam a balneabilidade da água. Quando a bandeira está azul indica que a praia está ‘excelente’ para o banho em 100% do tempo. Já quando a bandeira está verde, quer dizer que aquela praia é própria para o banho em 100% do tempo. No caso da bandeira estar amarela significa que a praia é classificada como imprópria para o banho em até 50% do tempo. Já quando a bandeira está na cor vermelha, a praia está imprópria em mais de 50% do tempo. Por fim, as poucas praias que possuem a bandeira branca são testadas apenas por questão preventiva, pois são classificadas como “sistematicamente boas”.
Riscos
Existem diversos riscos à saúde de quem desrespeitar as ordens de proibição de banho nas praias, rios e lagos. Os coliformes fecais presentes na água são transmissores de doenças como a hepatite, cólera e até problemas gastrointestinais. Se não for recomendado o banho no local, o correto é seguir a indicação e evitar problemas sérios a saúde.
Por Dennys Marcel
Fonte: ECOVIAGEM