São Paulo – Em março de 2015, os turistas e amantes da boa mesa terão mais uma fonte de informação sobre os melhores hotéis e restaurantes das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Essa será a data de estreia da primeira edição da América do Sul do renomado Guia Michelin, referência da gastronomia na Europa desde 1900. Nos últimos anos, a publicação tem se expandido para outras regiões do mundo, como Ásia (2007) e Estados Unidos (2005).
O anúncio da novidade foi feito nesta terça-feira, em São Paulo, por Michael Ellis, diretor internacional dos guias Michelin, Damien Destremau, vice-presidente da empresa na América do Sul, e o chef francês Cyril Lignac (estrela no Guia). A ideia de chegar à América do Sul pelo Brasil surgiu após anos de visitas ao país, devido à presença da marca no mercado nacional desde 1927.
Neste período, além do bom momento de visibilidade internacional pelo qual o Brasil passa, a marca percebeu a multiplicidade de culturas, a riqueza e a diversidade da gastronomia, fatores que levaram à decisão de trazer a publicação para o país.
De acordo com Ellis, uma equipe de inspetores anônimos já está rodando pelas duas cidades para avaliar os estabelecimentos. O modelo do guia será o mesmo do seguido pelos outros países, com os critérios fixos de qualidade, cozinha, equilíbrio de sabores e personalidade do chef.
A avaliação final renderá aos estabelecimentos uma, duas ou três estrelas. Aqueles que tiverem um melhor custo-benefício, ou seja, uma boa relação entre o serviço oferecido e o preço, ganharão o selo “bib gourmand”, também presente nas edições estrangeiras.
De acordo com Ellis, não há um número mínimo ou máximo de hotéis e restaurantes que devem figurar no guia brasileiro. “Vai depender do tamanho de cidade. É claro que São Paulo terá maior quantidade, porque é maior, mas não há nada pré-definido”, disse.
A periodicidade do guia será anual e, como esta é a primeira edição do país, a equipe responsável pelas avaliações é, por enquanto, formada apenas por inspetores europeus, que falam português. No futuro, segundo Ellis, o grupo de avaliadores será de brasileiros treinados.
Perguntado sobre o preço do exemplar, o representante da marca afirmou que ainda não foram definidos valores, mas já se sabe que haverá versões impressa e digital, nos idiomas português e inglês. Também não há previsão de expansão para outras cidades da região.
Fonte: EXAME Turismo