Um cruzeiro temático vai reunir adeptos de swing (troca de casais) pela primeira vez no Brasil. Com pacotes que variam de US$ 1,5 mil a US$ 2.335 (de R$ 3,3 mil a R$ 5,2 mil) por pessoa, o “Samba Swing Tango” partirá do Rio em janeiro de 2015 e passará por Búzios, Punta del Este, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina. A ideia de uma grande festa longe de quem não curte a prática favorece uma das questões mais importantes para esses casais: a discrição.
É o que diz Jéssica, que quis preservar seu sobrenome para se resguardar. A brasileira participou com o marido de um cruzeiro similar durante sete dias em 2013, com cerca de 300 casais. O navio partiu de Veneza, na Itália, e circulou pela Europa. Para ela, além da diversão que a viagem oferece, o fato de estar em uma embarcação que passa por outras cidades dificulta encontrar pessoas conhecidas.
“Queríamos algo mais fechado, com passeios, e de preferência longe, onde não encontrássemos ninguém conhecido. Pensei: ‘Qualquer coisa, me jogo no mar'”, brinca.
Segundo Jéssica, que gostou da experiência, o cruzeiro oferece durante o dia atividades recreativas que estimulam a sexualidade. À noite, festas temáticas e shows eróticos – com homens e mulheres que trabalham no navio – animam os passageiros. Os hóspedes também são convidados a participar de desfiles com lingeries. Há, ainda, o chamado “dark room” (quarto escuro, em inglês), onde os casais podem olhar, ser olhados e fazer trocas entre si. O swing também acontece nas cabines privadas.
Apesar dessa liberdade, existem algumas regras estabelecidas, como a proibição de transar na piscina – mesmo um só casal. O uso de roupa, porém, é opcional em ambientes como a piscina, o playroom, a sauna e o solarium. Para incentivar o sexo seguro, camisinhas são espalhadas por todo o navio.
‘Mais livre’
Jéssica conta que, em relação às normas de conduta, o navio é “mais livre” que as tradicionais casas de swing. Segundo ela, quem ainda dá o tom e decide sobre a troca de casais é a mulher. “Todo o ritmo quem dá é a mulher, com olhares, dizendo o que pode e o que não pode”, explica, acrescentando que fantasia todo mundo tem, mas que “a diferença é que alguns têm coragem de romper as barreiras e ir atrás delas”.
Fonte: G1