Bayard Boiteux

Catarinense decide dar um tempo do trabalho e veleja do Brasil ao Caribe

A vontade de fugir da rotina e fazer uma pausa na vida profissional levaram o leitor Mauro Fábio Koch, de 41 anos,  a velejar, por cerca de 30 dias,  entre Salvador e Trinidad e Tobago, no Caribe, distantes 4.600 quilômetros.

Mauro, que trabalhou por vinte anos como administrador de um negócio familiar, resolveu se dedicar ao trabalho de “personal coach”, espécie de conselheiro para a carreira e avida pessoal. “Decidi mudar de atividade profissional e embarquei para realizar a viagem dos meus sonhos. Esse tempo foi suficiente para cortar os laços que me uniam ao antigo negócio”, conta.

A preparação para a viagem durou nove meses. Neste período foi feito o planejamento da rota, cardápio para os dias que estariam velejando, lista de mantimentos, abastecimento de água, combustível e documentação necessária para deixarem o país.

“Em agosto de 2013, entrei em contato com o dono do veleiro Atlantis, capitão Marc Gielissen, que procurava tripulantes para acompanhá-lo de Salvador a Trinidad e Tobago. Em princípio, a viagem era para acontecer em novembro de 2013, porém ela foi realizada em maio de 2014”, explica.

Mauro e o capitão Marc embarcaram em Salvador e a primeira parada foi em João Pessoa. Depois, sem ter contato com a terra firme, seguiram para Trinidad e Tobago, perto da costa nordeste da Venezuela.

Apesar de terem se planejado com certa antecedência, algumas coisas deram errado. O cardápio foi o que mais impactou a viagem. Frutas e ovo no café da manhã, frango ao forno e sopa de frango com legumes, enlatados, espaguete, sopa instantânea para almoço e jantar. “Em nossa ânsia por partir, não planejamos muito bem nosso café da manhã. Sentimos que poderíamos ter preparado melhor o cardápio para essa refeição”, diz.

Como o objetivo da viagem era chegar o mais rápido possível em Trinidad e Tobago, a dupla não fez paradas durante o trajeto de João Pessoa até o destino final. Mas isso não impediu que tivessem momentos marcantes. “O contato com os golfinhos foi algo muito legal. Eles apareciam em momentos especiais. Por exemplo, quando estávamos sem vento, preocupados se chegaríamos a tempo. E, também, quando estávamos chegando em Trinidad, vieram como se fosse para nos saudar pela chegada. Eles nos acompanharam por um bom tempo”, descreve.

O amor de Mauro pela vela nasceu há dez anos, quando começou a praticar o esporte, e desde então o tem incentivado a viajar. “Acredito que conhecer outros lugares nos faz perceber e valorizar o ser humano, ou melhor, o planeta como um todo, de como é possível viver de maneiras tão diferentes da qual se está acostumado, mudando o nosso julgamento do mundo”, conta o catarinense.

Para a próxima viagem, Mauro planeja que sua família o acompanhe, mas dessa vez com menos aventuras. “Pretendo que seja uma viagem com mais paradas, sem grandes travessias longas. E, assim, minha esposa e nossos filhos, caso queiram participar, poderão usufruir desses momentos maravilhosos sem tanto desgaste”, conta.

Participe você também. Mande uma foto e diga por que o seu destino não tão visitado é especial para merecer uma viagem.

Fonte: G1

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