As bases para uma aceleração do turismo no Rio de Janeiro estão colocadas, mas é preciso também utilizar a inteligência competitiva. Essa foi a posição defendida pelo presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Vinicius Lummertz, durante o 1º Encontro Novos Desafios do Turismo no Rio, realizado nesta quarta-feira (18), na capital carioca. Segundo ele, as benfeitorias estruturais e o momento atual abrem a oportunidade para diversificar a cidade como destino turístico, garantindo sustentabilidade do segmento.
Como convidado do painel “O turismo no Brasil e no Rio de Janeiro depois de 2016”, Lummertz destacou que o Rio tem uma tarefa desafiadora: a de integrar e moldar uma imagem diferenciada e humanizada da Barra da Tijuca. “O legado olímpico, tanto na infraestrutura de mobilidade quanto na dos parques esportivos, estará lá, depois de 2016, bem como os grandes hotéis nas largas avenidas. O importante, então, será buscar soluções inovadoras para multiplicar esse potencial.”
No caso específico da Barra, Lummertz citou como benchmark (processo de busca das melhores práticas) o trabalho que foi realizado pelos Estados Unidos para renovar e apresentar a nova South Beach, em Miami. “A nossa belíssima cidade do Rio funciona como cartão de visita. Só que hoje não basta ter cartões-postais. Velhos clichês do tempo do turismo analógico podem e devem ser reembalados”, apontou, reiterando que nem Londres nem Barcelona estão à altura das belezas do Rio de Janeiro.
No encontro, Antônio Pedro de Mello, secretário municipal de Turismo, apontou como “intangível” o legado da cidade após a Olimpíada, mas reclamou da falta de recursos para a divulgação no exterior. Por sua vez, Nilo Sérgio Félix, secretário de estado de Turismo, afirmou que o Rio está sendo transformado para atender turistas nacionais e estrangeiros com qualidade: “agora que temos infraestrutura e equipamentos modernos, queremos trabalhar para aumentar a permanência e os gastos dos visitantes na nossa cidade”.
No encerramento, o presidente Vinicius Lummertz explicou a tentativa da Embratur de modernizar a sua gestão para viabilizar a melhoria do ambiente de negócios e dos investimentos para a promoção do Turismo brasileiro. “Enviamos para o Ministério do Turismo uma proposta para renovar a estrutura do Instituto, nos moldes da Apex-Brasil. Nós precisamos de uma Embratur que contribua com a captação de recursos e de financiamento com a iniciativa privada, sem sobrecarregar o governo”, explicou Lummertz.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Embratur
