Elevador Lacerda. Crédito: Embratur
A aniversariante do dia que já foi capital do Brasil (1549-1763) nasceu no Pelourinho, centro histórico da capital baiana, tombado pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade e que abriga a maioria dos museus de Salvador. Aliás, o centro histórico da cidade é considerado um dos maiores conjuntos coloniais do Brasil com as funções administrativas, religiosas, militares e residências no alto da colina e o comércio à beira-mar, na zona portuária. Nesses dois planos, atualmente ligados pelo Elevador Lacerda, destacam-se igrejas barrocas da Sé e de São Francisco, famosa pelo interior coberto de ouro, além dos sobrados coloniais que ocupam ladeiras, largos e becos com bares e restaurantes.
Fora do Pelourinho destacam-se o Farol da Barra, no Forte de Santo Antônio, o primeiro do Brasil; a Basílica de Nosso Senhor do Bonfim, na Colina Sagrada; o Forte de São Marcelo, cercado por água; e o Mercado Modelo, entre outros atrativos da cidade baixa. No passeio por quase meio século de história, o turista descortina uma das mais belas vistas da Baía de Todos-os-Santos. O visitante ainda pode fazer um passeio de escuna para conhecer as ilhas de Itaparica e do Frade, onde se encontram praias paradisíacas.
Situada no recôncavo baiano, Salvador é a cidade mais negra fora da África, com 80% da população descendente de escravos. Os costumes e tradições herdados dos negros fizeram da capital da Bahia um centro da cultura afro-brasileira. Suas raízes e diversidade cultural estão expressas na capoeira e no coco de roda, reconhecidos pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade; no candomblé, no sincretismo religioso e nas festas populares, como o carnaval. A música, a religiosidade e a gastronomia com influência africana aliadas ao patrimônio arquitetônico e natural atraem milhares de turistas do Brasil e do mundo. Um destino para quem curte história e turismo de sol e mar.
Salvador é rica em todos os aspectos. Não basta o fim de semana para diversão. A segunda-feira gorda lota os bares e restaurantes da Ribeira, na cidade baixa. Já a sexta-feira é dia do baiano se vestir de branco e de comida de “santo” nos restaurantes (caruru, vatapá, abará, acarajé …), além de moqueca com azeite de dendê. A semana inteira é de sol na orla da capital com seus 50 quilômetros e 20 praias urbanas cheias de bares e restaurantes. Stella Maris e Flamengo são as mais afastadas e adornadas pelos coqueiros. Já a mais disputada é a do Porto da Barra que ocupa uma pequena faixa de areia entre os fortes de Santa Maria e São Diogo.
Contemplar o pôr do sol é um dos programas favoritos dos visitantes e baianos nos diferentes atrativos turísticos ao longo da Baía de Todos-os-Santos como o Farol da Barra, o Solar do Unhão, o mirante do Elevador Lacerda e a Ponta de Humaitá com o Forte Monte Serrat. A noite de Salvador também é convidativa. O bairro do Rio Vermelho, além da praia é um dos mais badalados à noite e destino boêmio da cidade. Os turistas encontram casas de show, boates, bares e restaurantes. No Largo da Mariquita ficam as barracas de acarajé e tabuleiros das baianas mais famosas da cidade. Salvador ainda é considerada uma cidade amiga do público LGBT com praias, bares, restaurantes, boates e serviços voltados para os turistas gays.
Fonte: Geraldo Gurgel / Mtur