Bayard Boiteux

Vem chegando a festa dos bois!

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Festival de Parintins. Crédito: Embratur

O Norte brasileiro vai se tornar um verdadeiro “palco do mundo” na festa que resgata as lendas dos povos indígenas e os costumes regionais. O 53º Festival Folclórico de Parintins acontece neste fim de semana, nos dias 29 e 30 de junho e 1ºde julho, e deve receber 100 mil pessoas. O público recorde poderá conhecer as histórias dos bois Caprichoso e Garantido.

Só no anao passado, a celebração, que ocorre ao ocorre ao ar livre em plena floresta Amazônica, mais precisamente no Bumbódromo de Parintins (AM), injetou R$ 50 milhões na economia local e gerou pelo menos cinco mil empregos diretos e indiretos na cidade. O evento é uma atração do norte brasileiro desde a década de 60, tendo como raízes o conhecido Auto do Boi, muito popular entre os nordestinos que migraram para a Amazônia durante o ciclo da borracha.

No enredo, um peão (escravo) mata um boi querido por um rico fazendeiro para que sua mulher grávida possa matar seu desejo de comer a língua do animal. Como o fazendeiro e sua filha, que tinha o boi como favorito, ficam irritados, o peão pede ajuda de um pajé da tribo a fim de ressuscitar o animal.

Hoje, o festival folclórico é um gigante que reúne centenas de colaboradores que se envolvem no enredo da festa, repleta de figuras típicas do folclore, lendas indígenas e rituais, com personagens do cotidiano ribeirinho e sotaques dos povos da floresta. A tradição se transformou em um espetáculo de luz, cores danças, luzes, alegorias onde as estrelas são os bois Caprichoso (representado na cor azul) e Garantido (representado pela cor vermelha).

Desde o início das batalhas, o boi Garantido tem saído na frente com 31 vitórias. Já o boi Caprichoso, levou 22 edições, inclusive a última, realizada em 2017. Os animais contam com a torcida dos apaixonados pelo Festival de Parintins e o amor pelo boi favorito perpassa gerações, sendo ensinado de pai para filho. A rivalidade é tanta que extrapola os limites da arena. Até a decoração das ruas entra na disputa das cores que divide a cidade e casas, bares, postes, telefones públicos ficam azuis ou vermelhos.

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Fonte: Nayara Oliveira / MTur

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