Bayard Do Coutto Boiteux
A pandemia não acabou e deve continuar por alguns meses .Deixemos claro que falta comunicação sobre a mesma no Brasil e que virou uma grande briga política ,em detrimento das pessoas .E uma doença da sociedade e todo esforço individual é vital. Não se volta ao normal sem a presença da Ciência que busca estudar o novo vírus .Pela primeira vez ,muitos brasileiros descobriam a Fiocruz e o InstitutoButantã, como celeiros de pesquisas assim como algumas universidades .Vacinas não surgem repentinamente e demandam uma série de protocolos ,que não podem ser esquecidos .Viver atualmente pressupõe resiliência mas sobretudo que tudo mudou e precisa ser incorporado com muita cautela em nossas mentes.
Os esforços devem partir de cada indivíduo ,que precisa se conscientizar de seu papel coletivo para evitar a proliferação do vírus .A máscara é o primeiro instrumento de proteção ,que não deveria ser esquecido nunca .Tente fazer dela uma demonstração de amor pelo próximo.Ao cruzar a porta de sua casa ela deve ser incorporada a sua vida .A juventude não afasta o vírus e ainda não se sabe realmente se o fato de ter contraído uns vez ,criou um anticorpo vitalício .Viva a cada momento um sentimento de fortalecimento do nós em detrimento do eu.
Não a esqueça quando tiver praticando exercícios ,caminhando em locais públicos e se torne um fiscal da humanidade ,sempre que encontrar alguém sem a mesma ,peça com generosidade e respeito que a utilize .Muito mais do que o Poder Público,que anda perdido e com seus agentes muitas vezes desmascados ,a fiscalização é de todos aqueles que acreditam no mundo e carregam dentro de si a crença da sobrevivência.
As aglomerações são foco de disseminação então não se deixe levar por momentos de êxtase individual em locais públicos e entenda que o distanciamento social leva a uma consciência de mudança de nossa forma inclusive de encarar os afetos que estão mudando. As medidas de flexibilização em tempos de eleições municipais e a corrida por uma vacina ainda sendo estuda demonstram interesses escusos dos que nos governam e precisam se tornar pensamentos de reflexão de cada um de nós .
Precisamos viver e continuar caminhando mas não vamos permitir o que aconteceu no último feriado de 7 de setembro no Rio, com uma total falta de planejamento e respeito pelos protocolos de segurança invada nossa vida nos próximos feriados com um turismo predatório sob a pseudo bandeira do Turismo Consciente . O mundo voltou a viver lockdown em grandes centros turísticos como Madrid e Paris, em algumas atividades. As vidas dos passageiros e dos colaboradores importam e vamos aproveitar os momentos que alguns se aventuram para respirar para desenvolver campanhas de conscientização sobre o COVID.O turismo é e sempre será instrumento de solidariedade ,de proteção ,de sustentabilidade ,de respeito ,de amor .Basta ler o Código de Ética Mundial do turismo da Omt.
Vamos acreditar na mudança de postura do cidadão que vislumbra na revolução silenciosa e traumática dos novos tempos um caminho de Respeito e fazer com que os demais sejam levados a pensar …
Bayard Do Coutto Boiteux é escritor,professor universitário, funcionário público e trabalha voluntariamente no Instituto Preservale e na Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ.