Bayard Boiteux

Infraestrutura portuária impede expansão do setor de cruzeiros no Brasil

A importância dos cruzeiros marítimos para o mercado turístico interno foi um dos temas debatidos pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal, em 10 de abril. Leonardo Fonseca, da Assessoria de Turismo e Hospitalidade (Astur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou da audiência, representado a entidade.

De acordo com Leonardo, a sobrecarga fiscal e rigidez da legislação trabalhista são gargalos que impedem a melhoria das condições de infraestrutura portuária no Brasil. “Por outro lado, o País é um mercado com extremo potencial para os cruzeiros marítimos. Consideramos que os passageiros têm tido segurança e, se acontecem incidentes, a legislação brasileira tem dado total proteção ao consumidor”, disse.

Atualmente, os navios estrangeiros navegam pelo litoral brasileiro apenas seis meses por ano. Segundo Ricardo Martini, representante do Ministério do Turismo, o objetivo do governo é a tornar essa oferta anual. Um dos desafios para alcançar essa meta, segundo Martini, é melhorar as condições de infraestrutura portuária. O presidente da CDR, Benedito de Lira (PP-AL) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) comemoraram a perspectiva de ampliação dos roteiros marítimos no Brasil e ressaltaram o potencial do Nordeste para receber esses cruzeiros o ano inteiro.

O representante da CNC também destacou durante a reunião que a atividade de cruzeiros, como outras da cadeia produtiva do turismo, por conta de sua sazonalidade, tem custo operacional aumentado devido às contratações, muitas vezes temporárias. “Outro destaque é a segurança. Os cruzeiros marítimos estão entre os cinco meios de transporte mais seguros do mundo”, frisa Leonardo. Segundo ele, a atividade cresce a índices importantes – segundo a Abremar, no mundo o crescimento médio é de 6,4% e, no Brasil, está em 10%.

Fonte: CNC

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